A dinâmica do mercado impulsionará os empregos de desenvolvedores de software; saiba diferenciar as carreiras de front-end, back-end e full stack.

Uma dúvida comum para quem quer começar na carreira de desenvolvimento de softwares é qual área seguir: front-end, back-end ou full stack?

O mercado é altamente dinâmico e está em constante crescimento, impulsionado pela demanda por soluções tecnológicas em praticamente todos os setores da economia. 

A demanda por profissionais de tecnologia e de informação deve chegar a 200 mil vagas por ano em 2025, de acordo com projeções da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). O setor é responsável por 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, empregando 1,2 milhão de pessoas. 

O aumento do interesse pelo tema também pode ser visto nos repositórios de códigos na internet, pois mais de 900 mil usuários brasileiros se cadastraram no GitHub somente em 2022. O crescimento recente na plataforma representa mais de 30% dos 3 milhões de desenvolvedores de software do Brasil. 

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    O que é front-end? 

    imagem mostra pessoa desenvolvedora de software back-end
    Design de experiência do usuário é uma das principais áreas de atuação de profissionais front-end. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    Na área de front-end, visa-se criar uma experiência de usuário agradável, intuitiva e responsiva, garantindo que a interface seja acessível em diferentes dispositivos e navegadores. Isso envolve a criação de layouts, otimização de desempenho, tratamento de eventos e aprimoramento da usabilidade. 

    Profissionais front-end trabalham com a camada cliente da aplicação, ou seja, aquela que roda no navegador ou em dispositivos móveis. Em outras palavras, a função é responsável por traduzir o design e a estrutura da interface em código, utilizando linguagens de marcação, estilização e programação específicas

    Além de HTML, CSS e JavaScript, front-end também pode trabalhar com frameworks e bibliotecas populares, como React, Angular e Vue.js. Essas ferramentas auxiliam no desenvolvimento de interfaces mais complexas, fornecendo componentes reutilizáveis, gerenciamento de estado e outras funcionalidades avançadas. 

    Características de desenvolvedores front-end: 

    • Domínio de linguagens como HTML para a estruturação, CSS para o estilo e JavaScript para a interatividade. 
    • Conhecimento de frameworks e bibliotecas de Front-end, como React, Angular, Vue.js, entre outros. 
    • Habilidade para otimizar a performance e a usabilidade da aplicação
    • Capacidade de adaptação a diferentes dispositivos e navegadores. 

    O que é back-end? 

    Back-end, ou “lado do servidor”, refere-se à parte do desenvolvimento de software que lida com a lógica e a funcionalidade por trás das interfaces de uma aplicação. Enquanto front-end se concentra na parte visual e interativa, back-end é responsável pelo processamento dos dados, armazenamento, segurança e integrações com outros sistemas. 

    Profissionais back-end trabalham com tecnologias e linguagens de programação que são executadas no servidor, em oposição ao navegador do usuário. Essas tecnologias são responsáveis por processar as requisições vindas do front-end, acessar bancos de dados, executar a lógica de negócios e então retornar os resultados para o cliente. 

    Para isso, utiliza-se códigos como Python, Java, Ruby, PHP, C#, Node.js, assim como bancos de dados populares, como MySQL, PostgreSQL, MongoDB e SQL Server. Portanto, desenvolvedores back-end devem conhecer o funcionamento de servidores web, como Apache e Nginx, Application Programming Interfaces (APIs), e de recursos de segurança, como autenticação e autorização. 

    Características de desenvolvedores back-end 

    • Domínio de linguagens de programação back-end, como Java, Python e PHP. 
    • Conhecimento de frameworks e bibliotecas específicas para Back-end, como Node.js, Django, Laravel, entre outros. 
    • Habilidade para criar e gerenciar bancos de dados
    • Compreensão de segurança da aplicação e proteção contra ataques

    O que é full stack? 

    Full stack se refere à habilidade de lidar tanto com a parte de front-end quanto a de back-end de uma aplicação. A pessoa tem conhecimento e experiência na construção da interface do usuário, assim como também tem conhecimento e experiência no desenvolvimento da lógica de negócios e infraestrutura do lado do servidor. 

    Profissionais full stack são capazes de trabalhar em todas as camadas de uma aplicação. Isso inclui a capacidade de projetar e desenvolver a aparência visual e a experiência do usuário por meio de tecnologias front-end, bem como a implementação de funcionalidades complexas, manipulação de dados e integração com sistemas externos por back-end. 

    Para isso, deve-se entender como trabalhar com bancos de dados, tanto relacionais quanto não relacionais. Ter a capacidade de projetar esquemas de banco de dados, saber escrever consultas eficientes, realizar operações de leitura/gravação nos bancos de dados e estar familiarizado com conceitos de implantação, configuração de servidores, gerenciamento de dependências e integração contínua são alguns dos conhecimentos indispensáveis para a área. 

    É importante notar que o termo “full stack” às vezes é criticado na indústria de tecnologia. Embora alguns desenvolvedores sejam proficientes tanto em front-end quanto em back-end, a ideia de que alguém pode ser especialista em todas as tecnologias envolvidas é frequentemente considerada irreal.

    Desenvolvedores “full stack” tendem a ter um conhecimento mais profundo em uma ou algumas áreas específicas, enquanto têm conhecimentos mais genéricos ou básicos em outras. 

    Características de desenvolvedores Full Stack 

    • Domínio de múltiplas linguagens de programação, como JavaScript, Python, Ruby, entre outras. 
    • Conhecimento de frameworks e bibliotecas tanto de Front-end (React, Angular, Vue.js) quanto de Back-end (Node.js, Django, Ruby on Rails). 
    • Capacidade de desenvolver e integrar bancos de dados. 
    • Habilidade para lidar com a arquitetura e a escalabilidade da aplicação. 
    • Visão ampla do ciclo de vida do desenvolvimento de software. 

    Quais são as diferenças entre front-end, back-end e full stack? 

    Front-end diz respeito à parte da aplicação que interage diretamente com os usuários, enquanto back-end se refere à parte da aplicação que lida com a lógica de negócios, o processamento de dados e a comunicação com o banco de dados. Já full stack deve ter conhecimento e habilidades de front-end e de back-end. 

    Em termos de linguagem de programação, profissionais do front-end trabalham tecnologias como HTML, CSS e JavaScript para criar páginas da web e interfaces interativas. A medida dos códigos de back-end estão mais associados aos gerenciamentos de dados e operações do lado do servidor, a exemplo de Python, Java, PHP ou Ruby. 

    Já full stack é capaz de trabalhar em todas as camadas de uma aplicação, desde a interface do usuário até o servidor e o banco de dados. Nesta área, desenvolve-se a parte visual e a parte lógica e de infraestrutura do servidor, o que permite uma visão mais abrangente do desenvolvimento de software. 

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    Quanto ganha cada desenvolvedor? 

    pessoa desenvolvedora de software front-end
    Desenvolvedores full stack conseguem lidar com todas as camadas de programação, correndo o risco de não se aprofundar em cada código. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    De acordo com dados do Glassdoor, a faixa salarial para desenvolvedores front-end é, em média, R$ 4.239,00. Profissionais juniores recebem a partir de R$ 3 mil e seniores podem superar a quantia de R$ 10 mil. Já em back-end recebem, em média, R$ 4.995, com juniores recebendo R$ 3.355,00 e seniores chegando a R$ 10.483,00. 

    Embora a média salarial para desenvolvedores full stack no Brasil seja de R$ 4.486,00, o nível de experiência é um fator significativo na carreira. Profissionais seniores da área têm uma média salarial ainda mais elevada, podendo chegar a R$ 14.399,46. 

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    Como saber qual é a melhor opção de carreira? 

    Ao escolher a melhor opção de carreira, leve em conta seus interesses, habilidades e objetivos a longo prazo. Considere também a demanda do mercado, tendências tecnológicas e a disponibilidade de oportunidades de capacitação e crescimento profissional em cada área. 

    Não se trata apenas de seguir o que está em alta, mas sim encontrar um equilíbrio entre suas preferências e as oportunidades disponíveis no mercado de trabalho. Cada área apresenta suas particularidades, vantagens e desvantagens, e entender esses pontos pode ajudar na tomada de decisão.  

    Front-end 

    • Vantagem: oferece a oportunidade de trabalhar com design, usabilidade e experiência do usuário, permitindo exercer criatividade e ver resultados imediatos. 
    • Desvantagem: a dependência de outros profissionais, como os designers, pode causar atrasos ou desafios na execução do projeto. 

    Back-end 

    • Vantagem: essa área oferece a oportunidade de construir sistemas robustos e escaláveis, com uma grande demanda no mercado e a possibilidade de trabalhar em projetos de grande porte. 
    • Desvantagem: O foco no desenvolvimento lógico pode não atrair quem busca maior interação com o design e a interface do usuário, pois é necessário ter conhecimentos mais avançados em programação e entender conceitos de segurança e performance. 

    Full stack 

    • Vantagem: a versatilidade desse profissional proporciona uma visão ampla e a capacidade de trabalhar em diferentes áreas, além de poder assumir projetos menores de forma independente, adaptando-se às demandas do mercado. 
    • Desvantagem: a falta de foco em uma área específica pode limitar o aprofundamento de conhecimentos mais específicos e especializados. 

    Front-end, back-end e full stack: como começar a carreira de desenvolvedor? 

    Se você tem interesse em começar uma carreira na área, seja de front-end, back-end, ou seja de full stack, precisa aprender os fundamentos da programação, desde conceitos básicos até estruturas de controle, tipos de dados e algoritmos.

    A partir disso, pode-se avaliar as preferências e interesses para decidir a área de especialização. Elencamos alguns passos essenciais para iniciar sua carreira, veja a seguir. 

    1. Domine as tecnologias essenciais 

    Depois de escolher sua área de foco, concentre-se em aprender as tecnologias-chave relacionadas à área. Para front-end, você precisará aprender HTML, CSS e JavaScript, além de frameworks populares, como React, Angular ou Vue.js.  

    Para back-end, é importante aprender uma linguagem de programação, como Python, Java, PHP ou Node.js, além de bancos de dados, como MySQL ou MongoDB, e para se tornar full stack, você precisará adquirir conhecimentos em ambas as áreas. 

    2. Pratique e construa projetos 

    A prática é fundamental para aprimorar suas habilidades de programação. Comece a desenvolver pequenos projetos por conta própria para aplicar seus conhecimentos e assim aprimorar sua compreensão das tecnologias. Construa sites, aplicativos ou outras soluções simples para ganhar experiência prática. 

    3. Aprenda com a comunidade 

    Participe de fóruns, grupos de estudo e comunidades online de desenvolvedores para compartilhar conhecimentos, fazer perguntas e aprender com outras pessoas. O contato com a comunidade pode ser enriquecedor e oferecer oportunidades de networking. 

    4. Construa um portfólio 

    À medida que a experiência é acumulada com a conclusão de projetos, monte um portfólio para mostrar suas habilidades aos potenciais empregadores. Inclua exemplos de projetos que você desenvolveu e descreva seu envolvimento e as tecnologias utilizadas em cada um. 

    5. Considere a obtenção de certificações 

    Embora não sejam obrigatórias, as certificações podem ajudar a validar suas habilidades e conhecimentos. Existem várias certificações disponíveis em diferentes tecnologias e plataformas. Pesquise as certificações relevantes para sua área de interesse e considere obter algumas delas. 

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    O autor

    Juliana Fernandes

    Ju é jornalista e Analista de Conteúdo na Locaweb, com especialização em Gestão de Conteúdo para Mídias Digitais pelo Senac. Há mais de 15 anos, vem construindo sua trajetória profissional no mundo da comunicação. Atuando em frentes como: produção de conteúdo, gestão de redes sociais e assessoria de imprensa. Sua paixão pelo jornalismo a motiva a contar histórias de maneira envolvente e a adaptá-las para diferentes canais e públicos. Acredita no poder das boas narrativas para transmitir mensagens relevantes. Com um olhar atento e curioso, está sempre em busca de novas ferramentas para desenvolver estratégias personalizadas que conectem marcas e pessoas.

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