Saiba tudo o que você precisa sobre o PHP, uma das mais importantes linguagens de programação web

O PHP é uma linguagem de programação voltada para a internet, que tem conquistado cada vez mais usuários. Ela é fácil de utilizar, é robusta e traz melhorias constantes, o que facilita muito a vida de programadores que queiram trabalhar em projetos completos, mas sem complicação.

Neste guia, você aprenderá PHP o que é, como funciona o PHP do zero ao profissional, como criar um site usando PHP e suas as principais aplicações.

Depois de tudo isso, suas principais dúvidas estarão resolvidas e você poderá avançar na sua jornada profissional. Então vamos começar?

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    O que é PHP?

    O PHP é uma linguagem de programação criada em 1995 pelo groenlandês Rasmus Lerdorf. Voltada originalmente para desenvolvimento de sites e aplicações Web (a sigla PHP significava originalmente Personal Home Page – hoje em dia significa Hypertext Preprocessor), foi uma revolução que desenvolvia aplicações capazes de gerar conteúdo dinâmico na internet.

    O PHP foi uma das primeiras linguagens de inserção em documentos HTML, dispensando o uso de arquivos externos para o processamento de dados. No PHP, o código é interpretado no servidor, pelo módulo PHP, que também gera a página web visualizada pelo usuário.

    Ao longo do tempo, a linguagem PHP evoluiu, passando a oferecer mais funcionalidades e ganhando outras características para usos adicionais não relacionados a websites. Hoje, o PHP é orientado a objetos e pode ser instalado gratuitamente na maioria dos sistemas operacionais. Estão presentes em aplicações como Facebook, Drupal, Joomla, WordPress e Magento.

    História do PHP

    Hoje em dia, o PHP é uma das linguagens de programação mais usadas no mundo. Mas tudo começou como um aglomerado de códigos CGI (Common Gateway Interface) em linguagem C, desenvolvidos para acompanhar o tráfego no site pessoal de Rasmus Lerdorf.

    O criador, então, decidiu transformar esses códigos em uma linguagem de programação. Com isso, abriu-se caminho para que, nas três décadas seguintes, o PHP se tornasse a linguagem principal de uso na maioria dos sites e aplicações da internet, como criar um blog ou um site de vendas.

    Ao longo dos anos, com sua evolução, o PHP ganhou outras formas de utilização, como o header PHP, scripts de linha de comando que automatizam tarefas, e aplicações para desktops. Simples de aprender, com bom desempenho e com recursos avançados, o PHP é uma ferramenta essencial para todo bom desenvolvedor.

    Histórico de versões do PHP 

    A linguagem PHP foi criada em 1994 e seu código-fonte, liberado em 1995, com o nome Personal Home Page (PHP) Tools. Em 1997, foi lançado um novo pacote da linguagem, o PHP/FI, com a ferramenta Forms Interpreter. 

    O PHP é orientado a objetos desde que Zeev Suraski desenvolveu um analisador do PHP 3 que dava aos desenvolvedores a possibilidade de implementar apenas propriedades e métodos, facilitando a aplicação.

    Em uma linha do tempo, podemos contar desta forma a evolução das versões do PHP.

    Versão 1.0 – junho de 1995

    Oficialmente chamada de PHP Tools, foi a primeira versão da linguagem, assim que ela teve seu código-fonte liberado pelo criador Rasmus Lerdorf.

    Versão 2.0 – novembro de 1997

    O upgrade para a versão 2.0 fez com que o PHP fosse considerado pelo seu criador, na época, como a ferramenta mais simples e rápida para criar páginas dinâmicas em uma internet que ainda era basicamente estática.

    Versão 3.0 – junho de 1998

    Essa versão evoluiu até a 3.0.18 e foi suportada pela comunidade PHP até outubro de 2000. Nesse período, o desenvolvimento deixou de ser feito apenas por Lerdorf e passou a ser realizado por vários colaboradores. Zeev Suraski e Andi Gutmans, em especial, reescreveram toda a base do PHP na versão 3.0.

    Versão 4.0 – maio de 2000

    Tendo evoluído até a variedade 4.0.6, o PHP 4 ganhou um melhor sistema de análise sintática: a Zend Engine. Foi suportada pela comunidade até junho de 2001.

    Versão 4.1 – dezembro de 2001

    A evolução do PHP ganhou força com o poder da comunidade, tanto que novas versões começaram a surgir mais rapidamente. A 4.1, que evoluiu até a 4.1.2 e foi suportada por apenas alguns meses, até março de 2001, apresentou ao mundo as instruções superglobais, como ($_GET, $_POST e $_SESSION).

    Versão 4.2 – abril de 2002

    Outra versão com vida curta, de apenas seis meses (foi suportada até setembro de 2002, na versão 4.2.3), teve o mérito de fechar possíveis brechas de segurança por fazer com que os dados recebidos via rede fossem inseridos no escopo de variável global.

    Versão 4.3 – dezembro de 2002

    Esta versão foi suportada até março de 2005, na variedade 4.3.11, e apresentou uma interface de linha de comando (CLI) para complementar o CGI que vinha desde a versão 1.0.

    Versão 4.4 – julho de 2005

    Nesta versão, que evoluiu até 4.4.9 e foi suportada até agosto de 2008, foram adicionadas páginas do manual para scripts phpize e php-config, aumentando a capacidade de desenvolvimento do PHP.

    Versão 5.0 – julho de 2004

    A Zend Engine ganhou um upgrade para a versão 2 (com um novo modelo de objeto) nesta versão do PHP, que evoluiu até a 5.0.5 e existiu até setembro de 2005.

    Versão 5.1 – novembro de 2005

    Nesta versão, vieram melhorias na performance da linguagem. Foram introduzidas variáveis de compilação no motor PHP, além de uma biblioteca de Data Objects (PDO) como uma nova interface de acesso aos bancos de dados. Teve como última versão a 5.1.6, suportada até agosto de 2006.

    Versão 5.2 – novembro de 2006

    Nesta versão, que teve suporte até janeiro de 2011, na versão 5.2.17, foi habilitado por padrão o filtro de extensões e o suporte ao JSON passou a ser nativo.

    Versão 5.3 – junho de 2009

    Outra versão que teve vida longa, sendo suportada até a variante 5.3.29 em agosto de 2014. O PHP 5.3 passou a ter uma série de recursos, como suporte a namespace e late static bindings, rótulos de salto de código, arquivos PHP nativos (phar), melhorias no suporte ao Windows, novas bibliotecas de extensão de trabalho, mais suporte ao MIME e extensões de internacionalização.

    Versão 5.4 – março de 2012

    Suportada até setembro de 2015 (versão 5.4.45), essa versão trouxe uma série de novos suportes e passou a contar com servidor web embutido. Nesse período, foram realizadas várias melhorias nas funcionalidades já existentes, trazendo ganhos significativos de desempenho para a linguagem. Ao mesmo tempo, houve redução dos requerimentos de memória, aumentando as possibilidades de uso do PHP.

    Versão 5.5 – julho de 2013

    Evoluindo até a versão 5.5.38, essa versão teve suporte até julho de 2016 e ganhou suporte para geradores e blocos “finally” para tratamento de exceções. O OpCache, baseado no Zend Optimizer+, passou a fazer parte da distribuição oficial do PHP.

    Versão 5.6 – agosto de 2014

    Tendo evoluído até a variante 5.6.40, e suportada até 2018, essa versão ganhou uma série de melhorias, como novo depurador PHPdbg como um módulo SAPI, novo operador de exponenciação e funções de desempacotamento de argumentos.

    Versão 6.0 – não lançada

    Essa versão pretendia incluir suporte nativo a Unicode, mas foi abandonada antes de seu lançamento.

    Versão 7.0 – dezembro de 2015

    Com o lançamento abortado da versão 6.0, a geração seguinte teve uma série de melhorias. Evoluindo até a variante 7.0.33 e suportada até janeiro de 2019, a PHP 7 contou com a Zend Engine 3, que trouxe melhorias de desempenho e suporte a 64 bits no Windows. Nesta versão, muitos erros internos restantes do PHP foram substituídos e o sistema ganhou uma sintaxe abreviada para importar itens mais rapidamente.

    Versão 7.1 – dezembro de 2016

    Evoluindo até 7.1.33, o PHP 7.1 foi suportado até dezembro de 2019. Suas novidades foram modificadores de visibilidade de constantes de classe e a introdução do tipo de retorno void, em um upgrade sobre as versões 7.0.

    Versão 7.2 – novembro de 2017

    Dez anos depois do lançamento da versão PHP 2.0, a versão 7.2 (que evoluiria até 7.2.34 e teria suporte até novembro de 2020) ganhou parâmetros de objeto, extensão Libsodium e substituição de método abstrato, entre outros recursos.

    Versão 7.3 – dezembro de 2018

    Com três anos de suporte, até o fim de 2021, essa versão evoluiu até a variante 7.3.33, trazendo sintaxes flexíveis Heredoc e Nowdoc, suporte para atribuição de referência e desconstrução de array com list (), além de suporte a PCRE2.

    Versão 7.4 – novembro de 2019

    Outra versão que teve três anos exatos de suporte, até novembro de 2022, quando estava na versão 7.4.28. Trouxe uma série de evoluções, como extensões hash sempre disponíveis, registro de hash de senha, divisão de string multibyte e novo mecanismo de serialização de objetos personalizados.

    Versão 8.0 – novembro de 2020

    Essa versão foi descontinuada em novembro de 2023, quando estava na variante 8.0.16. Trouxe recursos como compilação Just in Time (JIT), semântica de linguagem mais rígida, conversão de float para string independente da localidade, ajustes de sintaxe variável e muitas outras evoluções para garantir a ampliação do uso da linguagem nas mais diversas aplicações Web.

    Versão 8.1 – novembro de 2021

    Essa é a versão não atual ainda em suporte (até novembro de 2024), na versão 8.1.5. trouxe novidades como restrições de classe final, citações literais de números inteiros e sintaxe de primeira classe.

    Versão 8.2 – novembro de 2022

    É a versão mais atual do PHP disponível no mercado. Será suportada até novembro de 2026 e conta com novas classes de dados (apenas-leitura, null, false e true), além de permitir a conversão de maiusculas/minúsculas independente da localidade.

    Diferença de PHP para Python, JavaScript e outras linguagens

    Pessoas apontando para computador

    Ao longo de sua longa história, a linguagem PHP tornou-se popular por ter uma sintaxe mais simples que outras linguagens de programação e por mesclar o código executado no lado do servidor com HTML, o que facilitou a criação de páginas dinâmicas e impulsionou a evolução da internet.

    Assim como Python e JavaScript, o PHP é classificado como uma linguagem de scripts. Trata-se de conjuntos de instruções via código que funcionam muito bem para automatizar tarefas. 

    Com essas linguagens, é possível fazer com que páginas criadas em HTML e CSS executem ações específicas e mais complexas, como validar as informações de um formulário antes de enviar os dados (imagine, por exemplo, validar se uma senha tem realmente caracteres alfanuméricos e especiais, com no mínimo 8 caracteres).

    Se PHP, Python e JavaScript têm a mesma “filosofia” de usar scripts para automatizar tarefas, por que então usar várias linguagens simultaneamente em uma aplicação?

    Para que serve o PHP? 

    O PHP pode ser usado em uma infinidade de aplicações, pois é utilizado na programação de servidores web responsáveis por rodar aplicações ou sites. Por isso, talvez a principal aplicação Web da linguagem PHP seja para estruturar sites. Mas o PHP é indicado em muitas outras situações:

    Aplicações em sites

    A linguagem PHP é muito dinâmica e, por isso, cai muito bem na hora de desenvolver sites que rodam aplicações robustas e necessitam ter um tempo de resposta ágil e uma conexão com bancos de dados de grande porte. 

    Na hospedagem de sites, especialmente na hospedagem WordPress, o PHP diminui o tempo de carregamento das páginas e permite que o servidor trabalhe melhor no carregamento de plugins e aplicações.

    Plugins WordPress

    O PHP não é usado apenas como base da programação do WordPress: seus plugins adicionais também são desenvolvidos nessa linguagem. Dessa forma, a comunicação com o servidor é leve e dinâmica, ajudando projetos dos mais diversos tipos a manter sites completos e com funcionalidades específicas para cada caso.

    Plataformas de e-commerce

    Plataformas de e-commerce dependem de uma comunicação constante com bancos de dados robustos, onde estão armazenadas informações como o catálogo de produtos, preços, posições de estoque, fotos e vídeos e cada item. Sempre que é necessário carregar uma página, é preciso se conectar a esses bancos de dados, com velocidade para não gerar uma experiência ruim para os usuários.

    O PHP é uma alternativa excelente para entregar essa eficiência, produtividade e velocidade. Não é à toa que empresas que sabem como vender pela internet usam o PHP como linguagem principal de programação.

    Vantagens do PHP 

    Como já dissemos, o PHP não é a única linguagem que funciona a partir de scripts no servidor. Mas sua popularidade traz grandes vantagens:

    • Facilidade de customização de páginas web.
    • Possibilidade de criar scripts e usá-los sem a necessidade de ter um navegador – uma função muito útil para programadores que desejam executar o script para criar APIs via linha de comando.
    • Facilidade de aprender, pois existe uma enorme documentação sobre o sistema, exemplos, casos de uso e aplicações.
    • Baixo custo, pois é um sistema de código aberto que pode ser usado até mesmo gratuitamente.
    • Grande comunidade de desenvolvedores envolvidos com a linguagem, o que ajuda muito caso haja alguma dúvida sobre como implementar uma aplicação ou recurso.
    • Ampla integração com bases de dados como MySQL, Oracle, SQL Server e Postgre.
    • Facilidade de uso no WordPress para modificar plugins e temas – ou mesmo para criar o seu próprio.
    • Capacidade de minificação. Minificar, ou minimizar, é o processo de remover todos os caracteres desnecessários do código, sem alterar sua funcionalidade. Como tudo o que diz respeito à programação, trabalhar de forma minificada é mais eficiente e gera economia no uso de recursos.

    Principais características do PHP

    A linguagem PHP é voltada ao desenvolvimento de aplicações Web e, por isso, seu principal objetivo é a implementação veloz, simples e eficiente de soluções para uso em sites. Entre suas principais características estão:

    • Velocidade e robustez no uso.
    • Desenvolvimento orientado a objetos.
    • Independência: escreva uma vez e rode em qualquer aplicação.
    • Sintaxe similar a outras plataformas de grande uso, como C, C++ e JavaScript.
    • Desenvolvimento open source.
    • Uso no lado do servidor, com possibilidade de respostas em páginas HMTL.

    Como aprender PHP 

    Para finalizarmos, seguem algumas dicas importantes para ajudar quem quer aprender PHP e ampliar seus conhecimentos como desenvolvedor:

    Conheça a sintaxe

    Antes de começar a programar em PHP, conheça a sintaxe da linguagem. Tutoriais, livros e cursos online são uma boa forma de começar a ter contato com a lógica do PHP. Uma busca no Google por “php programação” ou “php curso” é um excelente primeiro passo que já vai te trazer muito conteúdo para ser explorado.

    Instale um ambiente de desenvolvimento

    Só aprende de verdade quem faz. Por isso, use um docker ou ambientes de teste para aprender a desenvolver soluções em PHP. Busque por “como instalar php” ou “php download” no Google para ter acesso a diversas opções.

    Pratique muito

    Começando com pequenos projetos, ganhe confiança para entender como desenvolver aplicações cada vez mais complexas ou como aumentar suas habilidades em recursos importantes para o desenvolvimento, como dominar o Explode PHP (separação de strings em várias strings) ou o PHP Mailer (biblioteca de código aberto para envio de e-mails com suporte a HTML).

    Faça parte da comunidade

    Participar de uma comunidade ativa e engajada, como é a do PHP, é uma excelente maneira de ganhar experiência. Muitos fóruns e grupos de discussão existentes na internet ajudam a tirar dúvidas e fazem com que você aprenda com a experiência de outros desenvolvedores.

    Esperamos que tenha entendido o que é PHP! A linguagem é muito importante para a criação de sites. Além de saber como criar o site, você precisa entender mais sobre vendas para ter sucesso online. Confira nosso artigo sobre como vender pela internet para mais informações valiosas!