Estrutura JWT garante integração entre aplicativos e servidores ao fornecer maneira segura de transmitir informações confidenciais

O mercado de aplicativos e servidores conectados não para de crescer. Com a grande variedade de plataformas e as preocupações com a segurança cibernética, soluções que ofereçam acesso confiável são fundamentais para garantir a integração das ferramentas. Nesse contexto, o JSON Web Token (JWT) é uma maneira interessante de trabalhar com autorização e autenticação em aplicações.

A estrutura JWT possibilita a autorização de acesso a aplicativos da web e móveis, sendo uma maneira segura de transmitir informações confidenciais, como credenciais de usuário, entre diferentes sistemas, podendo ser transmitidos por meio de HTTP, HTTPS, WebSocket e outros protocolos da web.

Com mais de 145 bilhões de tokens criados, o JWT é uma escolha popular para muitos desenvolvedores e empresas que procuram soluções de autenticação confiáveis em diferentes plataformas, como sistemas móveis, da web e de back-end. Confira este guia completo sobre JWT e saiba como o implementar.

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    O que é JWT?

    Na imagem aparece a mão de um homem segurando uma maquininha de pagamento e outro homem aproximando o seu smartwatch do aparelho.
    Embora não seja comum, JWT pode ser usado em integração à tecnologia NFC. (Fonte: Ivan Samkov/Pexels/Reprodução)

    JWT é um padrão aberto de mercado definido pela RFC 7519 como um formato compacto e autossuficiente para transmitir informações entre as partes como um objeto JSON. O recurso é frequentemente usado na autenticação e na autorização em aplicativos da web e móveis.

    Antes dele, era comum que sistemas usassem sessões baseadas em cookies para autenticar usuários. No entanto, esse método apresentava algumas limitações, como a dependência do servidor para manter um estado de sessão e a dificuldade de escalabilidade em sistemas distribuídos.

    O padrão foi criado em 2010 por um grupo de especialistas em segurança da informação que buscavam um método mais simples, seguro e escalável para autenticação e autorização em sistemas distribuídos. Para tanto, a estrutura JWT usa uma abordagem baseada em tokens que permite que usuários se autentiquem apenas uma vez e acessem vários serviços sem precisar se autenticar novamente.

    Por que usar JWT?

    O uso de JWT para autenticação e autorização em sistemas distribuídos dá mais eficiência para as operações. Ele não exige que o servidor mantenha um estado para autenticar o usuário, o que é útil em sistemas distribuídos em grande escala. O recurso é portátil, funcionando em diversas plataformas, e pode ser transmitido em diferentes protocolos da web.

    A segurança é outro ponto forte da estrutura JWT, que usa criptografia para garantir que apenas as partes autorizadas possam acessar as informações transmitidas no token. Pode ser protegido contra ataques de interceptação e falsificação de tokens, tornando-se uma opção segura e confiável para autenticação e autorização.

    A escalabilidade é outra vantagem, já que não exige que o servidor mantenha um estado para autenticar o usuário. Isso significa que pode ser facilmente escalável em sistemas distribuídos em grande escala.

    Porém, pode não ser a melhor opção para todos os cenários. Alguns sistemas antigos podem ser incompatíveis com a ferramenta que, embora seja compacta, pode aumentar a carga útil nas solicitações HTTP e reduzir o desempenho do aplicativo. Outra desvantagem é a dependência da chave secreta para assinar e criptografar o token.

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    Qual é a estrutura JWT?

    Moça em frente a um computador.
    Formato compacto e versátil do JWT o torna uma escolha popular entre desenvolvedores. (Fonte: Kelly Sikkema/Unsplash/Reprodução)

    A estrutura JWT é uma string codificada que consiste em três partes separadas por pontos com uma estrutura básica formada por header, payload e signature. Essa estrutura simples torna fácil a transmissão de informações entre diferentes sistemas e plataformas.

    • O header (cabeçalho) contém informações sobre o tipo de token (JWT) e o algoritmo de criptografia usado para assinar o token.
    • A payload (carga útil) tem os dados que serão transmitidos no token, como informações do usuário ou outras informações de autorização.
    • Já a signature (assinatura) é usada para verificar a integridade do token e garantir que ele não tenha sido alterado durante a transmissão.

    O header e o payload são codificados em base64, enquanto a signature é calculada usando uma chave secreta e é adicionada ao final do token no mesmo formato de codificação.

    Onde o JWT fica armazenado?

    A estrutura JWT é geralmente armazenada do lado do cliente, em um cookie ou armazenamento local (como o localStorage do navegador) para ser enviado de volta ao servidor em cada requisição. O servidor pode decodificar o token para verificar a autenticidade e a autorização do usuário.

    É importante observar que o JWT contém informações confidenciais, portanto, é crucial garantir que ele seja armazenado com segurança e criptografado, se necessário.

    A configuração das opções de segurança de cookies merece um cuidado extra para evitar vulnerabilidades de ataques maliciosos, como Cross-site Request Forgery (CSRF), que envia solicitações não autorizadas entre um usuário e um site confiável, e o Cross-site Scripting (XSS), que introduz um código malicioso em aplicações web.

    Como implementar o JWT?

    A implementação da estrutura JWT pode variar dependendo da linguagem de programação, do framework e do ambiente de trabalho. Há muitas bibliotecas e ferramentas disponíveis para ajudar a implementar o token em diferentes plataformas. Contudo, as principais etapas para implementar o recurso em um sistema de autenticação e autorização são:

    1. criação — envolve criar um objeto JSON com as informações desejadas, como o ID do usuário e o tempo de expiração. Em seguida, é necessário assinar o token usando uma chave secreta para garantir que ele não seja alterado durante a transmissão;
    2. armazenamento — a estrutura JWT deve ser armazenada no lado do cliente, em um cookie ou armazenamento local, para que possa ser enviada de volta ao servidor em cada requisição. Certifique-se de armazenar o token com segurança e criptografado, se necessário;
    3. verificação de autenticidade — no servidor, é necessário verificar se o token é autêntico e não foi alterado; para tanto, a assinatura deve ser conferida a partir da mesma chave secreta usada para assiná-la na criação;
    4. decodificação — uma vez que a autenticidade do token foi verificada, o JWT pode ser decodificado para obter as informações armazenadas nele, como o ID do usuário;
    5. uso das informações — com as informações do token decodificadas, você pode usar essas informações para autorizar e autenticar o usuário no sistema.

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