O middleware age como um tradutor de diferentes linguagens e estruturas entre duas ou mais aplicações e sistema operacional ou mesmo servidor

á parou para pensar nos fatores que conectam os sistemas aos aplicativos e demais softwares usados em um computador, ou outro tipo de equipamento, como smartphones e smartwatches? Essa é justamente a função do middleware. 

Neste artigo, você vai conferir: 

  • O que é middleware. 
  • Principais funcionalidades de um middleware. 
  • Vantagens do uso de um middleware. 
  • Casos comuns de uso de um middleware. 

Continue a leitura para entender qual é o significado do termo e como ele funciona na prática. 

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    O que é middleware? 

    O middleware é um tipo de software que funciona como uma camada oculta de tradução, que serve para se comunicar e interagir com dois ou mais aplicativos usados dentro de um sistema ou servidor, conectando-os. 

    Como o próprio termo sugere, middle vem de meio, ou seja, sua função é conectar o que está em funcionamento em uma rede distribuída, fazendo que diferentes sistemas interajam entre si de forma harmônica

    Há, inclusive, quem o conheça por “encanamento”. Funciona assim: enquanto dois ou mais aplicativos rodam e precisam acessar sua base de dados, o middleware entra em ação, como se tudo precisasse ser guiado dentro de um cano, por assim dizer.  

    Embora seja muito lembrado por isso, o middleware não tem apenas essa função. Esse tipo de software também pode ter outras funcionalidades importantes, como:  

    • Gerenciamento de sessão: identificando, armazenando dados e recuperando a sessão.   
    • Autenticação: verificando credenciais, gerando tokens de sessão, validando sessões ativas e controlando acessos. 
    • Balanceamento de carga: realizando a distribuição de solicitações, detectando falhas e direcionando as sessões de um usuário a um mesmo servidor, em um processo de resistência. 
    Tal como em um encanamento, o middleware serve como um transportador de informações, conectando diferentes aplicações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

    Principais funcionalidades de um middleware 

    Com o auxílio de um middleware, os desenvolvedores conseguem criar aplicativos sem que precisem desenvolver um outro tipo de integração personalizada. Para tanto, o middleware opera em serviços ou, ainda, microsserviços, para conectar o aplicativo e seus componentes a um outro aplicativo, ou mesmo a um terceiro sistema ou servidor. 

    Na prática, são usados meios de transferência e estruturas de mensagens que provavelmente qualquer dev já deve ter utilizado em sua rotina. Entre elas, destacam-se: JSON, relacionado a notação de um objeto em JavaScript, e XML, uma espécie de linguagem de marcação extensível. 

    Essas são apenas algumas delas. Tudo vai depender dos objetivos pelos quais o middleware será acionado, que podem ser: 

    • Conceder permissões a um servidor para apresentar páginas dinâmicas. 
    • Realizar conexões seguras ao transferir dados entre aplicações. 
    • Otimizar aplicações monolíticas legadas para nativas na nuvem. 
    • Configurar ou mesmo controlar uma série de integrações. 
    • Acessar Interface de Programação de Aplicação (APIs). 
    • Gerenciar o tráfego em sistemas distribuídos. 
    • Enviar formulários de um navegador web. 
    • Automatizar decisões manuais. 
    • Transmitir dados em geral. 

    Assim, o middleware é um software dinâmico e multiuso que facilita a rotina de programação de um desenvolvedor, o que também se torna vantajoso não só em termos profissionais quanto organizacionais.  

    Vantagens do uso de um middleware 

    Ao usar um middleware, é possível economizar não apenas tempo, mas esforços do time e até recursos de qualquer ordem. Entenda quais são os pontos positivos sob a ótica de cada um dos tópicos apresentados a seguir: 

    1. Portabilidade e integração 

    O uso de um middleware permite que os aplicativos a serem conectados possam ser portáteis, no sentido de serem executados mesmo ao utilizarem diferentes sistemas operacionais. O mesmo também se aplica quando tais aplicativos são desenvolvidos com diferentes hardwares ou em ambientes de execução. 

    Assim, ao suportar tecnologias diversas em sua natureza, o middleware consegue integrar os sistemas, por mais heterogêneos que sejam, em sua composição. É como um tradutor que vai fazer funcionar aplicações mesmo quando usarem linguagens distintas entre si. 

    2. Eficiência e escalabilidade 

    Os middlewares tornam mais produtivo o processo ao reutilizar códigos, o que facilita o seu uso independentemente dos objetivos. É justamente esse fator que faz que o tempo e demais recursos sejam economizados, tornando o processo de desenvolvimento mais ágil e eficiente. 

    Além disso, tem um caráter de escalabilidade a partir do momento em que consegue, sozinho, dimensionar a capacidade de processamento. O mesmo é aplicado à largura de banda. Ambas as situações são comuns durante a expansão de uma aplicação que cresce à medida que vários e mais usuários passam a usá-la. 

    3. Segurança 

    Para tornar todo o processo mais confiável, o middleware tem a capacidade de promover segurança ao processo de desenvolvimento. Uma vez que confere à jornada de programação recursos como criptografia, autenticação, proteção e autorização. 

    Tais fatores são essenciais ao se pensar na necessidade de proteger a inviolabilidade dos dados acessados, mantendo sua confidencialidade e integridade em casos de ameaças promovidas por agentes maliciosos. 

    4. Flexibilidade e redução de complexidade 

    Por reutilizar códigos e operações, um middleware segue determinados padrões industriais. Essa questão contribui para que a interoperabilidade entre várias aplicações ocorra sem maiores problemas, o que, mais uma vez, faz que seja flexível em sua operação. 

    E justamente por servir como um meio para conectar diferentes composições, usando estruturas e linguagens de natureza diversa, um middleware age abstraindo complexibilidades. Ou seja, é como se ocultasse tudo o que há de complexo em termos técnicos relacionados aos sistemas subjacentes que são acionados. 

    Desse modo, em vez de perder tempo e esforços trabalhando em integração, é possível aplicar o mesmo tempo na lógica do negócio como um todo ou pensando em melhorias para versões futuras das aplicações em desenvolvimento. 

    O middleware age como um tradutor de linguagens e estruturas de aplicações que, essencialmente, diferem entre si. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    5. Facilidade de manutenção e atualização 

    Quando se trabalha em aplicações que utilizam recursos diferentes em seu desenvolvimento, pode ser difícil pensar em fatores como manutenção e atualização. E, mais uma vez, o middleware age como um canal que pode depurar integrações, modificá-las e até atualizá-las. 

    Sobre este último fator, o middleware fornece, além de soluções de integração, blocos de construção pré-construídos. Tal medida auxilia desenvolvedores na evolução de aplicações, para além de sua versão beta. 

    Casos comuns de uso e dois exemplos de middleware 

    Para exemplificar como os middlewares podem funcionar, entenda a seguir alguns casos práticos no uso dessa modalidade de software: 

    Banco de dados 

    Nesse caso, o middleware age como uma camada intermediária entre a aplicação em desenvolvimento e o banco de dados que ela precisa acessar para dar continuidade às suas operações.  

    Assim, o software pode fazer o balanceamento de cargas, o cache, replicar dados ou mesmo otimizar consultas. Como vantagens, o middleware garante um melhor desempenho e alta disponibilidade do banco de dados. 

    Aplicativos móveis 

    Outro uso popular do middleware é integrar aplicações móveis aos servidores e demais sistemas operacionais usados nos smartphones. Entre os serviços acionados durante o processo estão a transferência de dados, bem como a garantia de segurança por meio da autorização e autenticação das informações. 

    Em contrapartida, o middleware com esse uso específico não só proporciona maior segurança e confiabilidade na troca de informações entre as aplicações e sistemas, bem como otimiza o desempenho e até facilita ao pensar no desenvolvimento de atualizações futuras.

    Sistemas empresariais 

    Pense na seguinte cena: uma grande organização cujos colaboradores lidam diariamente com diferentes sistemas para fazer seus departamentos funcionarem. Entre eles, estão aqueles para organizar as finanças e fluxo de caixa, controlar os recursos humanos, gerir a cadeia de suprimentos, entre vários outros. 

    Desse modo, são diferentes estruturas e linguagens que, em grande parte dos casos, não conversam nativamente entre si. E, mais uma vez, o middleware pode ser um poderoso recurso que pode integrar todos esses sistemas.  

    Como vantagens, além de facilitar a troca de informações entre diversos departamentos que compõem uma companhia, o middleware também pode agir para reduzir a redundância ou desencontro de dados, acelerando as atividades, melhorando a precisão e agilizando todos os processos, sobretudo aqueles que são dependentes entre si para terem continuidade.

    Processar mensagens 

    Com a popularidade de diferentes canais de comunicação, que podem ocorrer inclusive simultaneamente, como pensar em formas de tornar o processo assíncrono? Usando middleware!  

    Existem algumas modalidades deles, como são os casos do Apache Kafka ou RabbitMQ, que funcionam para organizar filas de mensagens ou mesmo de eventos, orquestrando melhor todos os processos derivados dessas ações. Tudo isso é feito com segurança, além de escalabilidade. 

    Neste artigo, você conferiu que um middleware atua como uma camada intermediária entre duas ou mais aplicações, independentemente do sistema operacional e da linguagem ou estrutura utilizada. Serve como um meio tradutor para descomplexificar a operacionalização de diferentes componentes, tornando o trabalho de desenvolvimento mais ágil e efetivo

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