Entenda quais são as características das principais tecnologias para os desenvolvedores back-end

No desenvolvimento de um software, a área de back-end é a responsável por gerenciar e aplicar todas as regras de negócio que um determinado sistema possa ter. Ela funciona como um cérebro humano: coordena todas as ações e decide que tipo de comportamento será aplicado em cada situação. 

A área de back-end também é responsável por armazenar e resgatar todas as informações necessárias para o desenvolvimento, fazendo isso com a ajuda de um banco de dados

Em meio a uma variedade tão grande de tecnologias, ferramentas e frameworks disponíveis no mercado, encontrar a solução ideal para o trabalho do profissional que atua nessa vertente é uma tarefa que requer muita atenção e pesquisa. 

Isso porque, para o planejamento e a construção do back-end, é necessário considerar o domínio do problema e o segmento de mercado de atuação, bem como as ferramentas e tecnologias disponíveis, comparando as vantagens e as desvantagens de cada uma delas, além da capacidade técnica da equipe de desenvolvedores.

Confira, a seguir, nove tecnologias recomendadas para trabalhar no back-end.

Navegue pelo índice

    1.GraphQL

    Desenvolvedores precisam entender quais são as necessidades de desenvolvimento e as características de cada solução para escolher a melhor tecnologia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

    O GraphQL é uma linguagem de consulta desenvolvida pelo Facebook em 2012 e transformada em open source em 2015. A ferramenta fornece uma solução para otimizar consultas captando do banco de dados somente o que é necessário.

    Ele gera benefícios bastante significativos no que diz respeito a projetos que requerem processar dados rapidamente ou que apresentam alta taxa de transferência de dados. 

    A tecnologia pode reduzir os custos de transferência de dados, tanto no lado do servidor (transferência) quanto no do cliente (banda 4G), e garantir tempo de respostas mais rápido, mesmo em conexões lentas.

    Porém, as desvantagens do uso do GraphQL estão na curva de aprendizagem do profissional que vai atuar com a linguagem e na maior complexidade em fazer o uso do armazenamento em cache.

    2. Elasticsearch

    O Elasticsearch é um mecanismo de análise de dados de pesquisa criado no Apache Lucene, desenvolvido em Java e distribuído em código aberto. A tecnologia permite armazenar e pesquisar grandes volumes de dados com rapidez (quase em tempo real, com respostas em milissegundos).

    Para tanto, usa uma estrutura baseada em documentos em vez de tabelas e esquemas, além de utilizar extensas APIs REST para armazenar e pesquisar os dados. A ferramenta é usada pela Wikipédia e pelo Github, suportando várias linguagens: Java, Python, PHP, JavaScript, Node.js e Ruby.

    No entanto, o Elasticsearch precisa de consultas extras para reunir os dados, o que consome mais tempo de pesquisa e diminui a performance da solução.

    3. Redis

    O Redis é um servidor de dicionário remoto projetado para armazenamento de dados de alta velocidade. Como um sistema de gerenciamento de banco de dados (DBMS), o Redis armazena a informação na memória e tem um armazenamento de chave-valor, sendo tanto um cache quanto uma memória.

    Utilizada pelo Twitter e Snapchat, a ferramenta oferece tempos de respostas em menos de 1 milissegundo, sendo útil para aplicações em tempo real, como em jogos, serviços financeiros e internet das coisas (IoT).

    Contudo, a solução trabalha apenas com comandos, e não com linguagem de consulta. Isso significa que todos os acessos devem ser antecipados e projetados antecipadamente pelo desenvolvedor back-end.

    4. Apache Kafka

    O Apache Kafka é uma plataforma de distribuição de dados que pode ser utilizada como sistema de mensagem. A tecnologia permite que os aplicativos possam gerenciar a transmissão de bilhões de eventos simultâneos, superando as limitações de streaming em lotes periódicos que impedem a comunicação em tempo real.

    A solução, adotada pela Netflix e pelo Airbnb, tem código aberto e possibilita o escalonamento de dados de forma horizontal, com o processamento dividido entre máquinas físicas ou virtuais, aumentando a confiabilidade da transmissão de dados.

    Contudo, a solução é de difícil implantação. Após a inserção da infraestrutura local para executar a ferramenta, o desenvolvedor back-end precisa provisionar as máquinas, projetar o cluster e realizar manutenções de rotina para substituir as máquinas que falharem.

    Leia também:

    5. Java

    Apesar de ter sido criada há quase 30 anos, o Java ainda segue forte no mercado de desenvolvimento. Fonte: Getty Images/Reprodução)

    O Java é uma das mais antigas e populares linguagens de programação. Desenvolvida pela Sun Microsystems em 1995, a solução foi projetada para ter menos dependências de implementação. O software Java pode ser executado tanto em laptops e smartphones quanto em supercomputadores científicos.

    Multiplataforma, orientada a objetos e centrada em rede, a linguagem também é uma ótima opção para quem pretende desenvolver aplicativos para Android, uma vez que, junto ao Kotlin, é a principal linguagem da plataforma.

    6. C#

    A Microsoft desenvolveu o C Sharp (C#) como uma linguagem de programação para ser utilizada em sua plataforma .NET. A solução foi baseada em C++ e conta com influências do Object Pascal e, especialmente, Java.

    Assim como Java, C# é uma linguagem orientada a objetos e multiplataforma, além de ser fortemente tipada. Ela pode ser utilizada em diversos cenários, como no desenvolvimento de: aplicações desktop, na web e até mesmo em jogos (a Unity utiliza o C# como linguagem de desenvolvimento para sua engine, por exemplo).

    7. PHP

    O Hypertext Preprocessor (PHP) é uma linguagem de script que executa os aplicativos em servidores web de forma independente do navegador online. Com sintaxe similar à linguagem C, o PHP foi adotado por redes sociais para sistemas de gerenciamento de conteúdo, desenvolvimentos de sites e comércio eletrônico, entre outros.

    O PHP é open source e pode ser facilmente conectado a um banco de dados. Além disso, é simples de usar e aprender, podendo ser combinado com outras linguagens de programação, deixando o pacote de software mais eficaz.

    Entretanto, a tecnologia não é adequada para trabalhar com conteúdo gigante e usa mais recursos do framework e ferramentas, prejudicando o desempenho dos aplicativos online. A solução também tem poucas soluções de depuração em comparação a outras linguagens, sendo mais propensa a erros.

    8. JavaScript

    JavaScript (JS) é uma linguagem de programação popular para a web, tanto entre desenvolvedores profissionais quanto entre os entusiastas.

    Incorporada em todos os navegadores da web e dispositivos móveis, a linguagem conta com um rico ecossistema que a torna uma das ferramentas mais poderosas disponíveis para implantação no setor de tecnologia.

    É uma das linguagens mais “quentes” do mercado atualmente por ser bastante dinâmica e ter uma comunidade em constante crescimento, sendo utilizada tanto no front-end, em frameworks como o React.js e Vue.js, quanto no back-end, com o já famoso Node.js (ambiente de execução JavaScript).

    9. Python

    O Python tem muitos recursos que facilitam o uso e aprendizagem, permitindo ao desenvolvedor se concentrar nas soluções em vez de tentar entender a linguagem de programação. 

    Além disso, a ferramenta conta com um número vasto de bibliotecas, inclusive relacionadas à aprendizagem de máquina, à modelagem de inteligência artificial (IA) e ao desenvolvimento de games.

    Gratuito e com código aberto, o Python funciona em diferentes plataformas de forma simples e sem a necessidade de compilação. Apesar dessa praticidade, a linguagem tem limitações de velocidade, não funciona bem em plataformas mobile, consome muita memória e não é fácil de testar.

    Quer uma performance melhor para seus projetos? Saiba mais sobre o VPS Locaweb!

    Clique aqui