O histograma é uma representação gráfica que permite uma visualização facilitada de um volume de dados, facilitando sua avaliação de forma intuitiva.

De modo geral, o histograma é um tipo de gráfico usado para analisar dados e facilitar sua leitura e posterior avaliação. 

Os histogramas servem para demonstrar informações obtidas em pesquisas feitas com um público específico. Os dados também podem auxiliar na avaliação dos processos de qualidade de uma organização, que pode ser pública ou privada. 

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    Histograma: o que é? 

    Outro nome para designar um histograma é “diagrama de dispersão de frequências”. Apesar de parecer complicado, na verdade, pode ser simples entendê-lo. Resumidamente, esse recurso consiste em uma representação gráfica em barras ou em colunas. 

    Acredita-se que a ideia por trás desse mecanismo foi desenvolvida em 1895 por Karl Pearson, um matemático britânico. À época, ele teria empregado o termo “historical diagram” em palestras que fez sobre estatística e que, tempos depois, tornou-se histograma. Todavia, a origem precisa ainda é incerta. 

    É um meio considerado uma das sete ferramentas existentes para realizar a gestão da qualidade. São elas: 

    1. Diagrama Ishikawa (ou espinha de peixe). 
    1. Diagrama de dispersão. 
    1. Folha de verificação. 
    1. Diagrama de Pareto. 
    1. Cartas de controle. 
    1. Fluxograma. 
    1. Histograma

    No caso dos histogramas, eles são organizados em classes, amplitude e frequência. Confira a explicação de cada um dos pontos a seguir. 

    Classes 

    São representadas por barras que indicam, cada uma, valores estatísticos, sejam eles mínimos, sejam máximos. A esses valores é dada a denominação de “limites de classe” e sua informação costuma estar na base do gráfico. 

    Amplitude 

    Cada uma das barras que correspondem à classe do histograma tem um tamanho. É o que determina sua amplitude. Dessa forma, sua descrição precisa estar disposta à esquerda, seguindo a altura das barras

    Frequência 

    Este fator está relacionado aos dados apresentados na representação gráfica e os valores que cada um ostenta. Assim, ela pode ser apresentada de duas formas: 

    • Frequência absoluta — relacionada à quantidade de dados de cada amostra, quando as classes são uniformes. 
    • Frequência relativa — geralmente disponibilizada em formato de porcentagem. É o fruto de um cálculo que consiste na divisão da frequência absoluta com o número de intervalos da amostra. Nesse caso, as classes não são uniformes. 
    pessoas usando um histograma para facilitar a representação de dados
    Um histograma facilita a representação, por meio de gráficos em barra, de dados resultantes de uma pesquisa, interna ou externa. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    Porém, é importante ter algo em mente durante o desenvolvimento de um histograma: trata-se de um recurso estático. Ou seja, os dados apresentados dizem respeito a um tempo específico.  

    Portanto, com essa técnica não é possível entender se houve variações nos valores apresentados conforme mudanças que ocorreram no intervalo de tempo em que ocorreu a coleta das informações. 

    Histograma e gráfico de barras: qual é a diferença? 

    Depois de entender o que é um histograma, pode parecer que se trata basicamente de um gráfico de barras. No entanto, não é bem assim. Isso ocorre porque os dados de um histograma são contínuos, enquanto no gráfico de barras envolve variáveis discretas ou categóricas.  

    No gráfico de barras pode acontecer de existirem intervalos entre as barras que dizem respeito a uma informação específica levantada durante a coleta de dados. Desse modo, diferente de um histograma, um gráfico de barras não é necessariamente estático

    Há, inclusive, orientações recomendando que para diferenciar um método do outro, é interessante incluir espaços entre as barras em um gráfico. 

    Agora, se em vez de gráficos em barra ou histogramas, você quiser entender o gráfico em linhas, você pode conferir o artigo Data visualization: como aplicar a técnica

    Para que serve um histograma? 

    Um histograma é capaz de facilitar a demonstração de um grupo de informações. Nesse sentido, a técnica é uma alternativa para se você não quiser simplesmente produzir um relatório e apresentar seus resultados em uma planilha de programas como o Excel, por exemplo. 

    Consequentemente, com um recurso visual como esse, a compreensão também pode ser mais intuitiva. E isso independentemente do conhecimento que quem visualizar o gráfico tem sobre o assunto. Logo, o histograma é democrático, permitindo um entendimento prático do que se vê. 

    Ao usar o recurso fica mais fácil não só resumir um grande volume de dados, como fazer a comparação entre eles. Tudo isso de uma forma amigável, dinâmica e visualmente interessante. 

    É só pensar rapidamente no que chamaria mais a atenção em uma apresentação para o seu time: mostrar várias informações dispostas em uma planilha ou resumi-las em gráficos, com diferentes cores e tipos? 

    Tipos de histograma

    É importante ressaltar que existem diferentes formas de apresentar histogramas, que podem ser: 

    – Simétrico 

    Também chamado de unimodal, nesse caso, a frequência mais alta é apresentada de forma centralizada no gráfico, enquanto as demais seguem mais baixas ao seu redor, do lado esquerdo ou direito.  

    Visualmente, no histograma simétrico há um equilíbrio visual. É bastante útil para fazer qualquer tipo de comparação. 

    – Assimétrico 

    Assim como o anterior, nesta opção há uma barra representando uma frequência mais alta que as demais. Contudo, em vez de estar centralizada, ela pode estar localizada no início ou no final da representação gráfica, mas não necessariamente em suas extremidades. 

    – Pico isolado 

    Aqui há uma barra mais alta do que as outras. Porém, isso pode acontecer porque houve algum tipo de erro ao coletar as informações. Nesse caso, o “pico” pode aparecer no início ou no final do gráfico apresentado. 

    – Dois picos 

    Chamado de histograma bimodal, nesse caso existem duas barras mais altas que as demais, cujos valores podem variar. Portanto, essa versão costuma ser assimétrica. 

    – Vários picos 

    Trata-se do histograma multimodal quando várias barras altas são encontradas, intercaladas com outras menores. 

    homem criando um histograma multimodal
    Sem os intervalos entre os retângulos, esse exemplo poderia representar um histograma multimodal, com barras altas alternadas por outras mais baixas. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    – Achatado 

    O histograma achatado contém barras apresentadas em níveis equilibrados. Logo, visualmente, elas apresentam tamanhos bem próximos umas das outras, indicando um efeito platô nos resultados encontrados. 

    – Despenhadeiro 

    Aqui a proposta é realmente lembrar uma montanha alta com uma queda à sua frente. Ou seja, o histograma em formato de despenhadeiro apresenta uma frequência mais alta em uma das pontas do gráfico.  

    Geralmente, o histograma do tipo despenhadeiro está distorcido para a direita, mostrando a barra maior a partir de então e, gradualmente, reduzindo de tamanho, como em uma cauda longa. 

    Para quais profissionais o uso do histograma é indicado? 

    Qualquer profissional, inclusive desenvolvedores, podem usar os histogramas para demonstrar uma série de dados de uma forma visualmente mais interessante. 

    Normalmente, o uso desse recurso pode acontecer em situações em que seja preciso comparar informações, e representá-las graficamente para facilitar sua avaliação. Assim como também é útil para fazer o acompanhamento de processos dentro de um time, de uma organização ou até junto à jornada dos clientes. 

    Qualquer profissional pode criar seu próprio histograma
    Qualquer profissional pode criar seu próprio histograma, inclusive desenvolvedores. (Fonte: Getty Images/Reprodução) 

    Como montar um histograma?  

    Antes de iniciar os trabalhos, é fundamental ter acesso às informações que serão usadas como base do histograma. É importante que tal fonte em questão seja confiável e também recente, para evitar manusear dados imprecisos ou defasados. 

    Somente assim será possível montar uma tabela de frequência. Sim, o fato de fazer histogramas não significa que o recurso de planilhas seja totalmente dispensado

    Exemplo 

    Suponhamos que a tabela de frequência servirá para analisar o número de clientes que usam determinado tipo de produto. Dessa forma, a tabela de frequência poderia ser elaborada da seguinte forma e com os respectivos dados: 

    • Coluna 1 — Classe, em ordem numérica do menor para o maior. 
    • Coluna 2 — Produtos usados. 
    • Coluna 3 — Número de clientes. Por exemplo: 13; 33; 25. 

    Disponibilizando os valores na tabela, ela ficaria desse jeito: 

    Assim sendo, essa representação gráfica teria três barras, que são as classes apresentadas na primeira coluna. Depois, identifica-se a maior e menor amplitude, correspondente aos valores da terceira coluna, no exemplo utilizado. Aqui, cada classe tem uma média 10, resultante da divisão dos valores absolutos pela quantidade de classes, que vão determinar a amplitude das barras. 

    A partir desse exemplo fictício, o gráfico apresentado seria assimétrico, uma vez que existe uma barra um pouco mais alta, porém com valores equilibrados e próximos entre si. 

    A boa notícia é que hoje existem uma série de ferramentas com as quais é possível criar histogramas de uma forma menos complexa

    Para desenvolvedores mais avançados, é possível criar um histograma com Python, usando bibliotecas como a Seaborn. Ao executá-la, basta aplicar o código “sns.histplot”. Com ele, é viável criar uma representação gráfica como a citada anteriormente.  

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